Questões do coração

Especialistas avaliam cinco dúvidas de quem ama e tem medo de sofrer.


Quando o assunto passa pelo coração, nossa cabeça fica rodeada de interrogações. Sabemos que não há fórmula mágica, nem regras, muito menos o caminho das pedras. Mas não seria nada mal entrar numa caverna e perguntar para um oráculo o que se deve fazer quando descobrimos uma traição, quando queremos subir ao altar mas o noivo não marca a data ou quando a mala da ex dele não se coloca em seu devido lugar.

Bem, oráculo a gente não conhece, mas conversamos com especialistas que podem ajudar a lidar com algumas situações que, muitas vezes, nos deixam sem saber como agir.

1. Morro de medo de ser traída
De acordo com a psicóloga Mariana Mattos, é importante investigar os motivos dessa insegurança toda. "O receio de ser traída é natural, mas não pode impedir ninguém de se relacionar. Para ficar bem na relação é preciso investigar os motivos desse medo. Se for algo fantasioso, sem nenhuma prova concreta de infidelidade, a pessoa deve reavaliar sua autoestima. Por que ela não se considera boa o suficiente para o companheiro ficar com ela e só com ela?", questiona a psicóloga.

Por outro lado, se há indícios claros de infidelidade, a postura deve ser outra. "Se a desconfiança é baseada em dados reais, cabe uma conversa que vise avaliar se vale ou não a pena continuar na relação", avalia Mariana Mattos.

2. Sou casada e me apaixonei por outra pessoa
Segundo o psicólogo Ailton Amélio, autor do livro "Para viver um Grande Amor" (Ed. Gente), a palavra-chave diante de uma situação como essa é cautela. "Não se precipite. Avalie o que está em jogo, se está disposta a abrir mão do que já construiu dentro do seu casamento por essa paixão, que é provavelmente baseada apenas em idealizações", aconselha o psicólogo.

Ailton Amélio recomenda, ainda, esperar e ver se a paixão é passageira ou se vai se transformar em amor. "De modo geral, jogar um casamento para o alto por conta de uma paixão só dá certo em novela", afirma.

3. Estamos namorando há um tempão, mas ele não me pede em casamento
A psicóloga Mariana Mattos lembra que o tempo não pode ser parâmetro para determinar se está na hora de casar ou não. "O tempo em si não diz nada. Há outras questões, independentemente de o namoro ter dois meses ou dois anos, como por exemplo o momento de vida de cada um", explica.

Mariana não acredita que a iniciativa de tocar no assunto casamento tenha que ser do homem. "A mulher não precisa esperar que o homem seja o primeiro a falar sobre casamento. Ela pode introduzir o tema até para poder se posicionar e saber quais são as intenções do parceiro", afirma.

4. A ex dele não larga do pé
Na visão de Ailton Amélio, especialista em relacionamentos amorosos, é necessário impor limites. "A mulher deve avaliar se o parceiro está sendo conivente com a situação. Possivelmente, ele tem comportamento ambíguo e dá espaço para a ex. Ele pode não estar fazendo por mal, mas teme ferir os sentimentos dela", explica o psicólogo, que avisa que a situação pode ficar crônica e ser nociva ao relacionamento. "Cabe ao homem falar com firmeza com a ex para evitar situações de constrangimento ou desconfortáveis para a sua atual mulher. Tire esse bode da sala!", finaliza.

5. Fui traída e não sei o que fazer
Para o psicólogo Paulo Próspero, a fidelidade sexual não é o mais importante em um casamento. "Existe algo maior e arrebatador que se chama cumplicidade em relação à vida. Colocar a fidelidade sexual na frente de tudo pode ser um grande erro", afirma ele, sublinhando que fidelidade é importante, mas não deve ser a principal meta de um casal. "A partir da descoberta da traição, o melhor é sentar e conversar para decidir que rumo tomar e tentar superar o problema", sugere.

Retirado do site:http://msn.bolsademulher.com/amor/materia/questoes_do_coracao/51907/1